A narrativa do preconceituoso aprendiz

A narrativa do preconceituoso aprendiz

O preconceituoso aprendiz pode ter 20, 30, 50 anos. Racista, machista e/ou LGBTQfóbico… Tudo isso sem assumir um pingo de responsabilidade.

Os argumentos são diversos, mas posso garantir que você já ouviu, leu – ou usou, quem sabe? – ao menos um deles.

O preconceituoso aprendiz:

Nunca faz nada por mal. Inclusive, a maldade está nos olhos de quem vê;

– Vê o que não dói nele como “mimimi”;

Nasceu no interior, poxa! Não está acostumado (a respeitar pessoas);

Não conheceu alguém que realmente quisesse ensinar o certo com empatia…

– É um menino (em qualquer idade), tem internet, mas não teve acesso a essas coisas;

Até pede desculpa, mesmo sem fazer nada!

CHECKLIST DO PRECONCEITUOSO APRENDIZ

– Transformar preconceito em deboche, brincadeirinha.

Pedir desculpa quando convém… E depois dizer que era “mimimi”.

Exigir bastante cuidado de quem for apontar um erro dele. “Precisam ter mais inteligência. Vou educar o besta ali.” “Fiquei chateado de você não ter tido inteligência na forma da correção”.

Se colocar como um bobo do interior que não tem acesso a informações (mesmo tendo): “pessoal, tenham paciência com a gente. Somos bobos da roça. Fomos criados com poucas informações”.

Deixar o incômodo “no ar”.

PARA REFLETIR E REPASSAR: Quem não quer ser preconceituoso aprendiz…

1. Tem interesse em aprender sozinho. Não espera que todos estejam à disposição para ensinar com amor e paciência. Google tá aí, a um clique de distância.

2. Não chama incômodos alheios de “mimimi”.

3. Reconhece a própria responsabilidade. Se você tem internet, TV, sabe ler e não é mais criança, não dá para justificar preconceito com “nasci no interior”, “fui criado assim” ou “sou um menino”.

4. Consomem trabalhos feitos por pessoas diversas. De fato, é difícil ter uma mente aberta se você só ouve, vê ou lê trabalhos de pessoas muito parecidas com você.

5. Se esforça para errar erros novos.

6. Repassa o que aprende. Não adianta aprender que algo é machismo ou homofobia e depois ver os amigos fazendo o mesmo sem falar nada.

Você já conheceu alguém assim? Te incomoda esse discurso conveniente – dele e de quem o defende? Comente aqui e convide pessoas a repensarem!

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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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