9 animações que vão derreter seu coração

Você é daqueles apaixonados por animação mesmo na vida adulta? Chora e se emociona até mais do que com filmes? Aqui vão algumas dicas de animações pouco conhecidas que vão tocar seu coração!

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The Dam Keeper

Muitas pessoas dão pouco valor às animações de curta-metragem. Pois me perdendo nesse meio acabei encontrando histórias maravilhosas que mereciam muito mais crédito do que recebiam.

The Dam Keeper é uma animação americana com cara de japonesa que conta a história de um porquinho que vive sozinho em um moinho de vento na beira do penhasco. Todos os dias ele ativa o moinho para evitar que uma onda de poeira atinja a cidade abaixo. Entretanto ninguém parece saber disso e este sofre preconceito por ser um porco. Uma animação que mistura algo fofo, com abordagem ao preconceito e à depressão.

Tout em haut du monde

Me deparei com essa animação no festival internacional de cinema de São Paulo, no ano passado. A produção é francesa mas a história se passa na Rússia. Uma jovem aristocrata Russa, neta de um aventureiro, resolve ir atrás do avô no pólo norte, quando este desaparece e ninguém faz nada sobre o assunto. Como em outras animações o que me agrada é a personagem principal feminina, que desafia um certo machismo, patriarcalismo e hierarquia, pra lutar por aquilo que ela acredita.

Mr Hublot

Também um curta, Mr. Hublot conta a história de um personagem que tem transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Quando ele encontra um cachorro abandonado, ele tem que lutar para conseguir manter todos os hábitos que o TOC impõe. Gosto da animação por evidenciar um problema de forma tão fofa, além do visual steampunk inesperado para o tema, mas que se encaixa bem.

Mary and Max

Aviso da escritora: é triste. Se você está querendo uma animação fofinha e feliz, deixe essa para outro dia. Este stop-motion de aparência majoritariamente cinza conta a história de Max, um nova-yorkino obeso e depressivo de 40 anos que começa a se responder por cartas com uma menina de 8 anos na Austrália, e ambos se tornam amigos por correspondência. O desenvolvimento dessa amizade improvável é o foco da história e trata muito bem o tema da solidão, que atinge todos de alguma maneira.

Le tableau

Como o nome sugere, le tableau (o quadro) é uma animação francesa em que os personagens vivem dentro de uma pintura. Entretanto, a pintura não está completa e aqueles personagens não terminados são discriminados e mantidos nas partes obscuras do quadro, impedidos de ter uma “vida” como o restante. Uma dessas personagens quer fugir disso e acaba entrando numa aventura que inclui outros quadros na mesma sala. Achei bastante inovadora a ideia da animação, que inclusive tem um estilo pouco convencional. E além de tudo não deixa de tratar de um tema complicado que é o preconceito. Vale muito a pena.

Jack et la méchanique du coeur

Não basta a animação ser em francês, que eu adoro, mas, além disso, a história é fofíssima. Para mim tem uma delicadeza e criatividade diferente das animações tradicionais. Jack é um garoto que nasceu no dia mais frio do mundo e por isso seu coração se congelou no nascimento. Para salvá-lo, este foi substituído por um coração mecânico, como um relógio. O problema é que seu mecanismo é delicado e por isso Jack não deve se apaixonar, ou corre o risco de que seu coração se quebre. Com músicas envolventes e um imaginário diferente, a fofurice de Jack et la méchanique du coeur me faz sempre recomendá-lo.

Hotaru no haka (O túmulo dos vagalumes)

É difícil uma animação ser tocante para mim a ponto de quase chorar, mas essa é uma delas. Hotaru no haka é uma animação japonesa de 1988, do estúdio Ghibli, que eu não esperava que pudesse emocionar tanto quanto ela faz. A história é de um menino e sua irmãzinha em um cenário pós-guerra. Ele tenta mantê-la ao máximo em seu mundo de inocência e diversão mesmo em meio a tantas dificuldades. Eles encontrar um refúgio num tipo de caverna e parecem encontrar ali um recanto de felicidade. Mas como toda história japonesa triste, esta é muito triste. É uma animação que te marca pro resto da vida.

Song of the sea

Sempre fui fascinada por histórias celtas e o diretor diretor Tomm Moore as está tornando realidade na forma de animações incríveis (veja também The secret of Kells abaixo). Desafiando o mundo fanático por 3D, a animação é toda desenhada à mão, com um estilo que lembra uma aquarela e combina muito com a história.

O enredo se baseia na história de dois irmãos pequenos, que moram em uma diminuta ilha. Com o desaparecimento da mãe e pressão da avó, o pai acaba levando-os para viver no continente (se bem que chamar a Irlanda de continente não é muito preciso). Tentando escapar da avó e voltar para sua ilha, os dois se envolvem em um mundo mágico de criaturas míticas celtas e lendas antigas. Além disso a irmã pequena vai despertando todo seu poder de Selkie, uma criatura que tem forma de foca na água mas é humana na terra. É de uma delicadeza simplesmente incrível.

The secret of Kells

Para mim, a melhor animação que assisti nos últimos anos. Dos mesmos produtores e diretor de Song of the Sea, a animação desenhada à mão foi indicada ao Oscar em 2010. Ela conta a história de um jovem monge, Brendan, que se maravilha com a chegada de um forasteiro com um livro preciosamente ilustrado, o qual precisa ser terminado. Brendan começa a desobedecer ao Abade e sair da cidade murada, na busca de sementes para fazer as tintas para o livro. São nessas explorações que ele conhece um ser mítico que lhe apresenta toda a mágica da floresta que o rodeia. É nesse momento que a gente se envolve em toda a riqueza das lendas irlandesas, numa explosão de cor e curiosidade.

Para quem não conhece, o livros dos Kells existe. É um manuscrito medieval escrito por monges e conhecido por suas ilustrações e iluminuras de tirar o fôlego. Este livro se encontra atualmente na Universidade de Dublin, na Irlanda, e está disponível para ser visto pelo público (com restrições, claro).

Estúdio Ghibli

Só inclui aqui uma animação do estúdio Ghibli. Na realidade eu queria incluir todas, pois são simplesmente maravilhosas. Para quem não conhece de nome, é o estúdio que fez A viagem de Chihiro e O castelo voador. Pra mim é como uma Disney japonesa, com animações muito conhecidas e bem feitas, mas no bom estilo japonês de contar histórias. Fizeram várias das melhores animações que já vi, e para quem estiver interessado assistam também Ponyo, Meu amigo Totoro e Princesa Mononoke (e qualquer outra animação que do estúdio).

E você, conhece alguma dessas animações? Conte o que você acha e também dê suas sugestões!


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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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