Todo beco tem saída
Ali no meio do caminho entre um conto de bolso, uma ode à esperança e um desabafo, escrevi esse post há algumas madrugadas em poucos minutos. É meio diferente do que vocês costumam ver no Declara, mas precisava ser escrito. E, mais do que isso, precisava estar aqui, no espaço seguro que é o blog para mim. Espero que seja para vocês também.
Esse foi o mês do meu aniversário e também o mês em que deu tudo meio errado na minha vida. De novo.
Um ano atrás, em um fevereiro também fatídico, eu me perguntava como estaria em uma semana, um mês, um semestre, um ano. O que aconteceu no fevereiro passado refletiu em todo o meu ano de 2016. Certamente, as coisas que deram errado naquele período resultaram em coisas incríveis – como trabalhar em All Things Hair e o freela de comunicação para Correios e VISA -, mas também começaram a deixar os rastros de algumas mudanças, términos e despedidas pelo caminho.
Em 2016, sinto que me tornei uma pessoa um pouco melhor do que fui em 2015, quando já era um tanto melhor do que no ano anterior. Fui mais paciente, política e aprendi a controlar um tantinho mais as minhas caras e bocas transparentes – que sempre, sempre me entregam. Também abri as portas da minha casa e as janelas da minha vida para pessoas maravilhosas. E, como é natural, as mesmas frestas que deixam entrar, deixaram sair outras pessoas (também maravilhosas).
No ano passado, eu, desapegada que sou, do alto do meu mapa com Vênus, Sol e Lua em Aquário, tive que reaprender a deixar ir. Até porque, me disseram, só é seu aquilo – ou aquele – que volta. Ou, melhor ainda, o que – ou quem – nem chega a ir.
Neste ano que mal começou e já está virando o seu terceiro mês, acabei tropeçando e caindo na mesma esquina do beco que parecia sem saída há mais ou menos 365 dias. A diferença é que, dessa vez, eu sei que não é. Não existe caminho sem volta na vida, assim como não existe outro final da linha, além da morte. Como em um daqueles famosos jogos de Escape, depende de mim encontrar a pista, a brecha, o truque para sair do meu beco escuro. Assim como provavelmente depende de você, na sua vida, sair da sua rua aparentemente sem saída.
Até lá, prometo encher de sorrisos os cantos que me restam e procurar sorrisos alheios que também me bastem. Prometo acordar todos os dias sabendo que ele será melhor do que o dia anterior – até que seja mesmo. Prometo me permitir pedir ajuda, se necessário, e também ficar sozinha o tempo que precisar. Prometo, ainda cumprir as minhas promessas para mim mesma e respeitar o meu tempo. Agora eu sei: vai dar tudo certo no final.
E você, como vai lidar com o seu beco?
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