“Virou blogueirinha”?
Inicialmente, “blogueirinha” era quem tinha um blog.
Hoje, é, basicamente, uma mulher que cria conteúdo. Principalmente, conteúdos voltados para temas geralmente associados ao universo feminino.
Moda.
Beleza.
Decoração.
Dificilmente, a mulher que aborda saúde, educação financeira, política ou esportes vai ser chamada de “blogueirinha”.
Todas as criadoras são “blogueirinhas”?
Não.
Além do recorte dos temas abordados, ainda há outro que aparece com frequência: a do número de seguidores.
Em geral, as que mais recebem o título de “blogueirinhas” são as que não têm milhões de seguidores. As que acabaram de começar a expor seu trabalho de uma maneira mais consistente nas suas redes sociais. Talvez, seja uma amiga próxima, uma vizinha, uma conhecida distante.
Essa mulher pode ser uma jornalista, uma publicitária, uma confeiteira, uma maquiadora, uma esteticista, uma arquiteta e por aí vai.
O mito da produtividade 24/7
Os interesses majoritariamente femininos são, muitas vezes, confundidos com futilidade (sinônimo de “inutilidade” no dicionário).
Mas falar de moda, beleza, decoração ou comportamento não faz ninguém fútil.
Abordar esses temas pode ser profissão, pode ser político, pode ser educativo… Ou pode ser uma válvula de escape. Um hobby, por que não?
Conteúdos cultos, educativos, edificantes são necessários. Assim como os de entretenimento e lazer. Afinal, ninguém é produtivo o dia todo, todos os dias.
Nosso cérebro tem preguiça
Faz sentido a “blogueirinha” com mais seguidores ter também mais respeito ou apoio, mesmo proporcionalmente?
S-i-m.
Vou resumir ao máximo algo que várias pesquisas explicam: precisamos fazer escolhas o tempo todo, temos pouco tempo e muitas opções. Nosso cérebro naturalmente dá preferência a conteúdos, pessoas, músicas que já são amadas por outras pessoas.
Duvida? Trago exemplos:
Você já procurou as 50 músicas mais ouvidas no Spotify?
Ou as melhores músicas de uma banda específica?
Já fez uma busca no Youtube filtrando por visualizações?
Já viu um post muito bom, mas, como tinha poucos likes, não compartilhou?
É mais confortável, mais seguro e mais fácil reforçar um coro do que iniciar um movimento. Mas, e esse é um “mas” muito importante…
Todo milhão começa do zero
Todo mundo que você admira hoje precisou começar um dia.
Mesmo as “blogueirinhas” com 1, 2, 3, 4 milhões começaram, um dia, com 0 seguidores.
E foram os amigos e conhecidos delas, primeiro, que levaram esse conteúdo para mais conhecidos e alguns desconhecidos.
Essas novas pessoas continuaram expandindo o alcance.
Assim, elas chegaram aos milhões de seguidores.
Além disso, falar sobre criar uma marca pessoal online, com pessoas que acreditam no seu trabalho, não é mais sobre falar em “fama”.
É sobre enxergar uma necessidade – e uma oportunidade.
Profissão X Marketing digital x pandemia
Não precisa ser “blogueirinha” para pensar em marketing digital.
A internet potencializou oportunidades e alcance em todas as áreas.
Destruiu a ideia de concorrência por proximidade.
Com o acesso das redes sociais, todas as pessoas do país podem se tornar clientes. Jogando bem o jogo, todas as pessoas do mundo são potenciais clientes.
Criar conteúdo pode ser: uma profissão, um meio de divulgação ou mesmo uma forma de se sentir produtiva.
É normal que mais pessoas estejam virando “blogueirinhas” nesse período. Elas estão ansiosas. Muitas estão em casa. Algumas foram demitidas. Outras, prestam serviços que foram diretamente prejudicados pela pandemia: maquiadoras, esteticistas, massoterapeutas…
Desconstruindo
Sabendo tudo isso, chegou a hora de desconstruir.
Desconstruir as ideias de que:
“Virar blogueirinha” é um mico;
Temas majoritariamente femininos são fúteis;
Só “blogueirinhas” expõem seus trabalhos nas redes sociais;
Uma criadora com menos seguidores não merece o seu apoio.
COMO?
O primeiro passo já estamos fazendo juntos: entender melhor.
Agora, vamos aos próximos.
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Seja a pessoa que, talvez, daqui a uns anos, vai poder dizer: “eu sempre acreditei nela”.
Todo mundo já precisou e ainda vai precisar começar algo, inclusive você.
Que tal começar agora? Mande esse post para uma criadora de conteúdo (“blogueirinhas” ou não) que você valoriza.