Quais mulheres são referência na sua vida? Conheça brasileiras inspiradoras para admirar!
– Marielle Franco
Mulher, negra, mãe, socióloga e cria da favela da Maré. Foi eleita Vereadora no Rio de Janeiro e também foi Presidente da Comissão da Mulher da Câmara. Há 3 anos, em 14/03/2018, foi assassinada em um atentado. A sua luta, contudo, continua viva. Marielle, presente.
Inspire-se com Marielle:
“Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra aos pobres acabe?”
“A gente sabe que a gente está ativa, está militando, está resistindo o tempo todo.
– Elza Soares
A mulher do fim do mundo. Aos 12 anos foi forçada a se casar e com 13 já era mãe. Vinda do “Planeta Fome”, encarou a pobreza, o casamento na infância, o ódio, a ditadura, a morte de quatro dos seus sete filhos, a violência doméstica. Artista, mulher, sobrevivente.
Inspire-se em Elza:
“Eu já nasci feminista, a lutar pelos direitos das mulheres. Sou feminista pela minha mãe, por mim. Para mim, ser feminista é brigar, é lutar. Faço isso através da minha música e da minha fala. (…) Há muito trabalho a fazer.“
– Maria da Penha
A cearense Maria da Penha lutou por quase 20 anos para ver o ex-marido Marco ir preso por ter tentado matá-la duas vezes em casa.
Em 2006, a promulgação da Lei Maria da Penha mudou a vida das mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil. Maria segue sendo uma ativista incansável em defesa das mulheres.
Inspire-se com Maria:
É possível transformar dor em luta – e propósito nos faz seguir em frente. “Todo o meu sofrimento se transformou em uma luta muito grande. A gente se alimenta dos resultados: vejo muitas mulheres lutando e muitos homens mais conscientes também.”
– Nísia Floresta
Primeira educadora feminista do Brasil, Nísia não só defendia a educação feminina, como a abolição da escravidão e igualdade de direitos para mulheres, negros e indígenas.
Escreveu o seu 1º livro, “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, aos 22 anos. Foram 15 no total.
Inspire-se com Nísia:
“Por que [os homens] se interessam em nos separar das ciências a que temos tanto direito como eles, senão pelo temor de que partilhemos com eles, ou mesmo os excedamos na administração dos cargos públicos, que quase sempre tão vergonhosamente desempenham?”
– Nise da Silveira
A alagoana Nise foi a única mulher numa turma de 157 alunos na Faculdade de Medicina da Bahia (1921-1926). Esse pioneirismo marcou toda a sua vida.
Expoente da luta antimanicomial e marxista, Nise ajudou a mudar os rumos dos tratamentos psiquiátricos no Brasil, utilizando terapia ocupacional e se rebelando contra métodos como choque, camisa de força e confinamento.
Inspire-se com Nise:
“Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão.”
– Raimunda Putani
A primeira mulher a se tornar pajé do Brasil.
Os yawanawás, seu povo, não acreditaram que conseguiria passar pelo ritual de iniciação ou ser pajé, já que mulheres são “impuras” e “têm muitos desejos”. Raimunda passou um ano em isolamento na floresta, sem beber água e seguindo uma dieta restrita. Fez história e abriu portas para outras pajés.
Inspire-se com Raimunda:
“Não tenha medo das suas ambições. Você PODE. Mesmo. E, ocupando mais espaços, você também abre portas para as mulheres que vierem depois.“
– Lélia Gonzalez
Ativista e intelectual, Lélia propôs uma visão afro-latino-americana do feminismo. Participou da formação do PT e foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU).
“Por que vocês precisam buscar uma referência nos EUA? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo”, resumiu Angela Davis.
Inspire-se com Lélia:
“Sabemos bem o quanto trazemos em nós as marcas da exploração econômica e da subordinação racial e sexual. Por isso mesmo, trazemos conosco a marca da libertação de todos e todas. Portanto, nosso lema deve ser: organização já!”.
– Dandara
Dandara foi uma guerreira que lutou para defender o Quilombo dos Palmares e o fim da escravidão no Brasil. Era capoeirista e estrategista.
Como Zumbi, negou o acordo com o governo pernambucano que previa liberdade só para negros nascidos no quilombo (e outras especificações) e não o fim da escravidão.
Quando Zumbi foi capturado e Palmares invadido, Dandara se suicidou para não retornar à escravidão.
Inspire-se com Dandara:
Só há vitória na coletividade.
Conhecer brasileiras inspiradoras é também valorizar lutas, conquistas e direitos. Envie esse texto para as suas amigas e, caso você conheça mais mulheres inspiradoras, conte aqui nos comentários!
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