6 coisas para aprender com All Too Well

6 coisas para aprender com All Too Well

All Too Well, uma análise pop de 6 coisas para aprender e levar pra vida.


Taylor Swift relançou “All Too Well”,  uma música que estava em seu álbum Red (2012). 
A versão (com 10 minutos!) ganhou também um curta-metragem belíssimo dirigido pela cantora. Está disponível no Youtube:

“All Too Well” conta a breve história de amor entre Taylor e o ator Jake Gyllenhaal, que aconteceu quando ela tinha 20 e ele, 29 anos. Um padrão curioso: Jake hoje tem 40 anos e sempre se relaciona com mulheres bem mais jovens. Inclusive, sua namorada atual tem 25

Pensando nessa e em outras situações comumente vivenciadas por mulheres que são retratadas pela cantora, trouxe 6 coisas para aprender com All Too Well!

O curta é estrelado por Dylan O’Brien (Teen Wolf) e Sadie Sink (Stranger Things). Vou adotar os nomes Sadie e Dylan para falar dos personagens.

1. As hierarquias nas relações

Todas as relações têm hierarquias. 

Em relacionamentos amorosos isso não seria diferente. As opressões que operam na sociedade se refletem na forma como nos relacionamos.  

No clipe, vemos um desequilíbrio nessa hierarquia, que ultrapassa o fato de homens terem mais poder social que mulheres. Afinal, embora “Dylan” tenha um chaveiro que diga “F*da-se o patriarcado”… ele se beneficia bastante dele. 

Muito mais velho, ela o idolatra e ele consegue com facilidade diminuir o que ela sente e incitar nela inseguranças que não estavam ali antes, mas sem deixar de parecer um cara legal.

Que mulher nunca passou por isso?

2. Sentimentos não são ridículos

A cena da briga na cozinha. “Dylan” a convida para conhecer seus amigos, mas não a inclui na conversa e ainda a afasta quando “Sadie”, sentindo-se deslocada (até por ser muito mais nova), segura a mão dele em busca de conforto. 

Depois do jantar, já a sós, ele pergunta por que ela está chateada e insiste. Mas, quando ela diz, reage como se o que ela sente fosse ridículo. Ela ainda diz: “você está fazendo eu me sentir estúpida!” e isso é muito simbólico. 

Você não é estúpida por sentir. Nem ridícula. E não deveria ficar calada para não “estragar o clima do outro”. Ainda mais se foram as ações do outro que te causaram esse desconforto.   

3. Não é pedir demais

“Nós éramos de verdade?”
“Talvez, eu tenha pedido demais”. 
“Você me guardou como um segredo.”

Não é pedir demais querer ser amada, ouvida e entender os sentimentos do outro.

Sabe o cara que “prefere não definir nada” ou acha “mais gostoso escondido” ou se irrita com qualquer conversas sobre sentimentos por ser uma “DR chata”, coisa de “gente carente”?

O problema não é você, é ele. 

4. Não vale a pena mudar para caber na vida do outro

No curta, sempre que está no universo de “Dylan”, “Sadie” aparece com roupas formais e cabelos lisos.

Quando está confortável, o cabelo natural aparece e as roupas mais leves e confortáveis também. Ela está sempre se esforçando para não se sentir deslocada, uma menina imatura, ao lado dele.

Se você precisa mudar para caber na vida do outro… Talvez, ele não deva caber na sua vida. 

5. Crueldade ≠ sinceridade

“E você me liga de novo, só para me quebrar como uma promessa. Tão casualmente cruel, com a desculpa da sinceridade”. 

O verso é curtinho, mas deixa um aprendizado importante e que as pessoas simplesmente esquecem – na vida offline e na internet. 

Crueldade e sinceridade não são sinônimos. Nem toda “verdade” vale o risco de machucar a outra pessoa. 

Nem toda “verdade” precisa ser dita. 
É possível “controlar” sua “sinceridade” se ela for cruel, viu?   

6. Homens que só se interessam por mulheres mais novas…

Têm tesão no poder que conseguem exercer sobre elas. 

Esses caras teriam que se comportar de forma bem diferente com mulheres da sua idade. E, certamente, seriam menos “adorados” por elas.  

Além disso, há um padrão. 

“Dylan” deseja “Sadie” por ser mais nova (não é um coincidência ele só se interessar por jovenzinhas), mas também condena a sua “imaturidade”, principalmente quando é conveniente para ele. 

Reflita e repasse

Para aprender com All Too Well!

1. Sentimentos não são ridículos. Provavelmente, se alguém te faz sentir assim, ele está te manipulando.  

2. Todas as relações têm hierarquias. E homens que só se interessam por mulheres mais novas têm tesão no poder que exercem sobre elas. 

3. Crueldade e sinceridade não são sinônimos. Nem toda “verdade” vale o risco de machucar outra pessoa.   

4. Se você precisa mudar para caber na vida do outro… Talvez, ele não deva caber na sua vida. 


E aí, quantas dessas coisas você já aprendeu? O que achou do curta e da nova versão da música? Me conte nos comentários!

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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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