A exaustão feminina e o feminismo
Por que: as licenças maternidade e paternidade são diferentes? Tantas mães saíram do mercado de trabalho na pandemia? Os números de homens e mulheres que passaram a cuidar de alguém no período são tão desiguais?
Afinal, por que as mulheres estão exaustas? E como diminuir a exaustão geral?
Essas perguntas foram temas da minha live com Monica Sapucaia, pesquisadora e coordenadora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (@sp.id).
Você está exausta? Conhece mulheres exaustas? Listei os motivos:
Carga mental
Ou seja, o trabalho invisível de gestão atribuído às mulheres.
A carga mental é um peso extra atribuído às mulheres na sociedade patriarcal. Ela explica porque, apesar dos muitos avanços, ainda cabe aos homens o papel de “ajudar” em casa, enquanto as mulheres seguem as responsáveis. Precisamos pedir, ensinar, gerir o lar e a criação dos filhos.
O Patriarcado
No mercado de trabalho, em casa, no ambiente de estudos, no relacionamento, no dia a dia.
Cultura do estupro, cultura da pedofilia, assédio, medo, culpabilização feminina, desigualdade e falta de representatividade na política, Justiça, mídia, liderança de empresas, e em todos os espaços…
“Só” algumas opressões que contribuem para a exaustão feminina.
Pandemia
EAD, isolamento e ondas de demissões resultaram na menor participação de mulheres no mercado de trabalho em 30 anos.
Quem assume o lugar da escola na educação dos filhos? Quem assume o cuidado dos idosos e enfermos da família? As mulheres.
Não por acaso, cerca de 50% das mulheres passaram, no período, a se responsabilizar por alguém.
Pressão estética
O julgamento constante da aparência feminina e a ideia doentia de que o valor social das mulheres está na beleza e na juventude.
Está no almoço de família, entrevista de emprego, na TV, na publicidade, nas redes sociais…
É um esforço mental, financeiro e físico para caber em um padrão inatingível.
E então…
Chegamos a um consenso: A exaustão feminina NÃO É um problema individual. As mulheres ficarão menos exaustas com o avanço do feminismo e dos direitos femininos.
Gostou da reflexão? Compartilhe! Esses debates precisam chegar na Academia, no Direito, na política, na mídia, no mercado de trabalho.
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