Homens e mulheres erram, mas elas pagam mais caro

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Homens e mulheres erram, mas os erros femininos parecem mais graves, calculados e imperdoáveis que os masculinos.

Afinal, entendemos mulheres como maduras, responsáveis, persuasivas. Já homens são imaturos, meninões… Manipuláveis.

Olhos menos atentos não notam que, por trás desses pensamentos (que até parecem elogios às mulheres), moram a culpabilização e a vilanização feminina.

Essas ideias permeiam nossa educação, cultura, mídia e até as relações com outras mulheres.



Homens e mulheres erram, mas elas pagam mais caro: a culpabilização feminina


Na mitologia, sereias encantavam homens indefesos, eles se apaixonavam e morriam afogados. Hoje, notícias de separação costumam vir com a busca pela mulher que roubou o homem da outra. A tal “pivô”.

Nos contos de fadas, o ótimo pai era enganado pela madrasta má, de João e Maria a Cinderela.

Na escola, meninos erram e ouvem que é coisa de criança“. Meninas erram e são repreendidas por serem mocinhas.

Em casa, as filhas começam a assumir tarefas antes dos irmãos (que muitas vezes nunca chegam a assumir).

Em filmes, é normal ver mulheres de 20 anos sendo pares românticos de homens de 50. Afinal, elas são muito maduras pra idade. Mais maduras que eles, até.



IDEIAS SEXISTAS PARA ABANDONAR

1. “Mulheres são mais responsáveis, homens são meninões“. Não. Homens são adultos que sabem o que estão fazendo.

2. “Ele é tão bonzinho, ela o manipulou“.

3. “Não sei o que é, mas ela não me engana“. Talvez seja só rivalidade feminina.

4. “Se ela fosse legal com ele, ele não teria feito isso“. Não seja essa pessoa que responsabiliza a vítima.

5. “Ele é preconceituoso, mas ela é chata!” Francamente… Prioridades.

6. “Ele é preconceituoso e/ou machista porque veio do interior! Ela precisa ser cancelada“. Ué. Google tá aí, pesquisa quem tem interesse.



Vamos convidar pessoas a refletir sobre culpabilização feminina e abandonar essas e outras ideias que são completamente naturalizadas. Mudanças começam assim: palavra a palavra, pessoa a pessoa, dia após dia.

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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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