Como vocês já sabem, para mim, moda é expressão. Por isso, eu acredito de coração que todo mundo pode usar o que quiser. Com exceção de alguns contextos onde a etiqueta – e a noção – restringem certos tipos de roupas, como funerais e eventos formais, o limite do seu vestuário deve ser apenas o seu próprio conforto e aquela sensação gostosa de se olhar no espelho e se sentir bonita. Depois de muitos e-mails de meninas que se sentiam proibidas de usar isso e aquilo por causa dos seus corpos, comecei essa série de moda inclusiva no blog falando sobre os croppeds. Agora, chegou a vez do polêmico mix de estampas.
Convenhamos, o retorno à estética dos anos 90 que temos vivido, principalmente nos últimos 3 anos, trouxe também uma onda de basicidade inesgotável. Menos é mais, eles disseram, com direito ao reinado absoluto dos long bobs entre pedidos no salão e a tendência dos cinzas mesclados, brancos e pretinhos básicos. O fato é que, de maneira geral, essa moda não me contempla. Não sou básica, nunca fui básica e gosto mesmo é de cores, glitter e mix de estampas. No entanto, a moda de cartilha, que pouco sabe de teoria e muito sabe de opressão, costuma me indicar estampas bem específicas: para disfarçar o quadril, eufemizar as pernas, aumentar o busto, destacar a cintura fina. São tantas mini-regrinhas, que eu faço questão de não ouvir nenhuma. Risos.
Nesse post que é sobre mix de estampas, mas, principalmente, que é sobre moda inclusiva, trouxe quatro convidadas para um Look DeClara diferente. Cada uma, com seus corpos diferentes, traria um mix de estampas que representasse um pouco do seu próprio estilo.
Déborah, magrinha e baixinha, misturou poás p&b com xadrez verde militar e carregou o look de estilo grunge. Nathalia revisitou os anos 60 com estampas geométricas e pontos de cor, o famoso color block de Mary Quant. A combinação é uma boa escolha para quem quer apostar no mix de estampas ou de texturas sem se arriscar muito ou comprometer a elegância.
Carol investiu numa saia de estampa asiática aquarelada e listras, uma combinação um pouco mais ousada, mas que se mantém discreta com a ajuda da legging e do cardigan pretos, emprestando sobriedade ao look.
Laurinha escolheu misturar listras e flores, uma escolha queridinha de celebridades como Taylor Swift, Heidi Klum e Jessica Alba. Para manter o equilíbrio do look, apostou em fundos pretos para as duas peças e em um tênis branco que remete ao p&b do casaquinho.
Eu, entusiasta como sou da moda da década de 50, trouxe a modelagem godê da saia, com o ladylike das flores em tons pastéis e combinei com uma estampa étnica que relembra os anos 60, mas num tecido clássico do movimento preppy.
O fato é que, para muita gente, a moda serve para disfarçar o corpo, principalmente o feminino. Quando ela deve ser, principalmente, para valorizar a sua beleza. É gorda e quer usar listras horizontais? Use, sem medo! É baixinha e quer usar estampas grandes? Vai ficar uma gracinha, não se preocupe. Por essas questões, não vale a pena se abster de tendências como o mix de estampas. Mas se o seu bloqueio é de pura falta de criatividade ou segurança para montar looks diferentes, deixo aqui essas 5 possibilidades de estilos e a pergunta: vocês querem que eu faça um post falando detalhadamente sobre como lidar com mix de estampas? Pensei em dividir em combinações para iniciantes, iniciadas e avançadas, risos. Me digam nos comentários. Se cês pedirem, posso fazer um vídeo (sim, vai ter canal do Declara em breve!) ou um post. Ou os dois.
Fotos da fotógrafa e blogueira Vanessa Pimenta.
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