Quando nunca mais é a melhor opção

quando-nunca-mais-é-a-melhor-opção-min
E se déssemos uma chance ao nunca mais?

Somos condicionados desde pequenos a atrelar necessariamente a Felicidade Verdadeira™ aos para sempres .

Contos de fadas, livros, filmes e até as novelas de final de tarde insistem: para sempre é o único caminho para a vida dos nossos sonhos, seja ela como for.

Casados, para sempre. Para sempre apaixonados. Melhores amigos para a vida inteira. Eternamente responsáveis por aquilo que cativamos.

O problema, vocês sabem, é que o para sempre não depende de nós. Não podemos garantir que as pessoas ao nosso redor desejem o que desejamos nem mesmo por uma semana. Que dirá uma vida. Não podemos garantir desejar as mesmas coisas, não podemos garantir nada, porque, afinal, a nossa natureza, por si só, é efêmera. 

É por isso que proponho uma revolução. Ao menos por uns instantes, sugiro darmos uma chance às escolhas sobre as quais realmente podemos ter controle.

Isso inclui, até onde eu consiga lembrar, alguns vários nunca mais. E, vejam só, nenhum para sempre. Ao menos, não o para sempre sobre o qual nos ensinaram os românticos.  

Demonizado, o nunca mais, para mim, parece muitíssimo mais genuíno, e certamente mais visceral, do que todas as outras eternidades engarrafadas.

Nunca mais alimentar o ego de quem não merece. 

Nunca mais ouvir machismo em silêncio. 

Nunca mais tentar desacelerar para não deixar para trás quem representa um atraso.

Nunca, nunca mais aceitar nada menos do que amor e respeito em um relacionamento. 

Nunca mais se sentir menos valiosa por estar solteira. 

Nunca mais julgar uma mulher por sua roupa, nunca mais se deixar ser julgada. 

Pelo pai, namorado, marido, ou desconhecido do outro lado da calçada. 

Nunca mais acreditar que a sua felicidade – ou a sua tristeza – depende total e impreterivelmente de outra pessoa. 

Nunca mais deixar que alguém diga quem você deve ser, quem deve amar ou em quê deve acreditar. 

E nunca, jamé, jamás, depositar na eternidade das coisas a única razão de elas serem.

Isso porque, se são boas, que sejam – até quando der.

Se não, que não sejam.

Nunca mais.

Enquanto depender de nós,

Amém.

Gostou? Clique aqui para mais posts da categoria “Sentir” do Declara. 


Psiu, me acompanhe nas redes sociais, sim? ☀️
Instagram, Facebook, Pinterest.
 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Compartilhe

clara-fagundes-pesquisadora-do-futuro

27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

Categorias

Podcasts de Clara

Encante-se com o trabalho de Clara

Carta Bruxa

Deixe seu e-mail para ser surpreendida com uma newsletter quinzenal mágica na sua caixa de entrada.

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!