Foto por Cuba Gallery. Inspirada pelo projeto 5dicasporfavor, escrevi esse texto. A ideia original abrangia apenas 5 livros, 5 filmes e 5 álbuns e foi abandonada pelo seu criador, infelizmente. Eu, por outro lado, ainda gosto dela e só precisei dividi-la e acrescentar 2 categorias para escrever a série de posts que começa agora. Para descobrir os 5 filmes para ver antes de morrer, ler sobre os 5 programas de TV para assistir antes de morrer ou conhecer os 5 livros para ler antes de morrer, clique nos links.
5 álbuns para ouvir antes de morrer
Para ouvir o álbum inteiro, clique nos nomes a seguir.
New York New York (Frank Sinatra, 1983)
Sinatra é o suprassumo da música ocidental. Só isso para justificar os sentimentos paradoxais que incita, uma mistura de “ainda bem que vivi até hoje para conhecê-lo” e “meu Deus, COMO eu consegui viver todo esse tempo sem ele?” E essa dualidade representa bem o seu estilo: uma parceria certeira entre jazz e blues.
Não importa a sua idade, as suas preferências musicais, o seu estilo de vida: se você aprecia música, precisa conhecer Frank Sinatra. Complicado classificar só um dos seus álbuns dentre os “necessários para a vida”, mas, ao mesmo tempo, não poderia ser outro. New York New York possui a alma, a ginga e o coração de Sinatra e me dá calafrios toda vez que paro para ouvir. E isso é pretty much sempre.
1 razão para se apaixonar:
Plans (Death Cab for Cutie, 2005)
Todos os 9 álbuns lançados ao longo dos 17 anos da banda são sensacionais. Todos, todos mesmo. Mas é em Plans que estão Soul Meets Body, Someday You Will Be Loved e I Will Follow You Into the Dark. É, portanto, a escolha elementar. Mergulhe nesta coletânea de músicas românticas e alegres, tristes e melódicas, com tendências do rock e do indie. Pule sem olhar para baixo e não se atreva a pausar. Plans é um álbum coeso, coerente e que fica ainda melhor se ouvido em sequência. Confie em mim.
1 razão para virar fã:
Revolver (The Beatles, 1966)
Beatles. Ponto.
1 razão para ouvir em loop:
Sigh No More (Mumford & Sons, 2009)
Folk, rock e uma pitada de indie country: a identidade minimalista da banda. Formada pelo quarteto inglês mais charmoso dos últimos anos, Mumford já foi trilha sonora de Grey’s Anatomy, One Tree Hill e até da Casa Branca. Lucky Obama. Até hoje só lançou dois álbuns: Sigh No More (2009) e Babel, também impecável, em 2012. No ano passado, avisou um hiato de tempo indeterminado. Tento não molhar o travesseiro toda vez que penso nisso e recomendo Sigh No More com toda a minha alma na tentativa de disseminar o sofrimento dessa ausência em vocês. E também porque não consigo encontrar um único defeito: nesse álbum, nessas músicas, na banda em si.
Para morrer de amores e nunca, nunca, nunca cansar.
Curiosidade: o título do álbum “Sign No More” saiu da peça “Muito barulho por nada”, de Shakespeare. Aproveito a deixa para indicar também essa comédia, que é tão boa quanto um texto de Shakespeare pode ser. Ou seja, bastante.
1 razão para acreditar:
http://www.youtube.com/watch?v=8jLJ5mhgVw4
High Flying Birds (Noel Gallagher, 2011)
Ninguém merece uma vida sem Noel.
1 razão para não mais chorar com o fim de Oasis:
5 músicas para ouvir antes de morrer
Pitaco: se os seus inúmeros dons não envolvem fluência em inglês, não deixe para procurar a letra depois de já ter ouvido a música. Ouça pela primeira vez com a tradução a tiracolo! Não porque você não vá captar a mensagem de qualquer maneira (provavelmente vai), mas porque a impressão inicial será mil vezes mais bonita se todas as palavras foram compreensíveis.
Amor de Índio (Beto Guedes), interpretada por Milton Nascimento:
http://www.youtube.com/watch?v=3e9-hRcxv9A
Para ouvir todos os dias.
Aquarela, por Toquinho e Vinícius de Moraes:
http://www.youtube.com/watch?v=7xILB005PTQ
Não consigo imaginar crescer sem a magia dessa música. E nem seguir, já crescidinho, sem ouvi-la de vez em sempre.
Como nossos pais (Belchior), por Elis Regina:
http://www.youtube.com/watch?v=2qqN4cEpPCw
A maior intérprete brasileira de todos os tempos, emprestando a sua alma a uma das mais bonitas músicas da MPB. Oh, Elis, por que nos abandonaste?
Don’t Look Back in Anger, Oasis:
https://www.youtube.com/embed/jBbyc3t-Ctc?feature=player_detailpage
É até previsível dizer que a música já é de parar o coração e chorar enquanto simula um microfone com o cabo da escova de cabelo. Ainda assim, nenhuma versão se equipara a essa aqui. Para assistir ao vídeo em tela cheia milhões de vezes… E se arrepiar, inevitavelmente, em cada uma delas.
Defying Gravity (Stephen Schwartz), por Idina Menzel (do musical Wicked):
http://www.youtube.com/watch?v=MslDnwerQRA
E a versão original (infelizmente, com péssima qualidade de vídeo):
http://www.youtube.com/watch?v=BQ4eTsiaxIk
Para aprender a voar.
Alertinha! Essa publicação é pessoal! Não adianta espernear, mas adianta – e muito – fazer a própria lista nos comentários abaixo ou enviar a sua versão via inbox na fanpage do Blog Declara. Aguardamos novas dicas do que ler, ver e ouvir antes de morrer.
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