O preconceito com nordestinos é parte da nossa sociedade.
Por isso, encontramos facilmente na mídia e no nosso dia a dia frases ofensivas ao povo do Nordeste.
Inegavelmente esse comportamento vive forte na sociedade brasileira.
Mas o que será que há por trás desse comportamento?
Além disso, por que a sociedade ainda reproduz e vê como “sem importância” falas como essas:
Apresentadora famosa descreveu “bater em mulher” como “paraibada”.
A influencer carioca disse que “baianada” é “algo cafona”.
Na novela, o gaúcho força um sotaque baiano para representar um… cearense.
A cantora diz, no reality show, que em Curitiba as pessoas são educadinhas.
Já na Paraíba… é diferente, né?
No dia a dia, ouvimos esses e outros absurdos, como:
“Dizem que toda nordestina é fogosa…”
“Nordestinos são preguiçosos.”
“O Nordeste atrasa o Brasil.”
“O seu sotaque é tão engraçado!”
“Da Bahia pra cima, é tudo igual!”
“Você nem parece nordestina!”
(como se fosse um elogio)
Até quando vamos fingir que palavras não têm poder?
Que não carregam preconceitos e opressão?
E esses preconceitos com nordestinos, muitas vezes, são precedidos de ignorância.
Dessa mania bizarra de exotizar “o outro”. Torná-lo raso, pequeno, igual o bastante para caber numa caixinha estereotipada.
Além disso, nem todo mundo que tem preconceito contra nordestinos sabe disso, só consumiu um Nordeste caricato e unidimensional desde sempre.
E para debater e reimaginar novas nordestinidades, convidei outra bruxa nordestina, Lua Menezes, para bater um papo sobre:
O que não dizer a uma nordestina?
Quais são os estereótipos do Nordeste que precisamos combater?
Como não ser preconceituoso, mesmo sem querer?
Mergulhe nesse debate junto com a gente!
QUEM É LUA MENEZES:
Terceira convidada do olá, bruxas! Lua é cearense, escritora, terapeuta sexual, especialista em sexualidade e psicologia positiva.
Olá, bruxas!
Em primeiro lugar, vamos conhecer um pouco mais do olá, bruxas!
Um podcast que fala sobre feminismo, nordestinidade, cultura pop, comportamento e mais.
Ouça na íntegra o episódio #3, Invenção do Nordeste, xenofobia e outras histórias, da primeira temporada do olá, bruxas!